Você se sente cansado, exausto, sem ânimo para trabalhar, irritado o tempo todo, impaciente e sem concentração. Cuidado! Esses são os sinais de esgotamento mental.
Você já conhece a síndrome que está cada vez mais presente na vida dos trabalhadores? Já ouviu falar da síndrome de Burnout? A síndrome do esgotamento?
Olá, Eu Sou Milene Vilas Boas, PSICÓLOGA. sejam muito bem-vindos ao meu BLOG.
Resolvi escrever de forma bem descontraída, sobre esse tema que afetam muitas pessoas ao redor do mundo: Burnout. Se trata de um transtorno pouco conhecido, e infelizmente vem sendo cada vez mais presente na vida dos trabalhadores.
O QUE É BURNOUT?
A Síndrome de Burnout é um distúrbio psíquico, precedido de esgotamento físico e mental intenso, estando ligada à vida profissional. Essa síndrome não é exclusiva de uma profissão, ela o afeta principalmente devido a incompatibilidade de conciliar os planos iniciais com as metas e demanda da profissão.
A expressão “Burn” significa queimar, “Burnout” significa queima de energia, exaustão. Esse termo foi usado primeiramente em 1974, que ao observar um grupo de trabalhadores voluntários, notou-se que gradualmente havia um desgaste no humor e uma desmotivação. Essa síndrome é descrita como uma exaustão e fracasso que são causados por um desgaste excessivo de energia, gerando sofrimento. A Síndrome de Burnout são danos laborais causados pelo estresse e esgotamento profissional, devido ao esforço desproporcionalmente elevados, que envolvem tempo, envolvimento emocional, empatia e a insatisfação e com o resultado negativo.
A Síndrome de Burnout ocorre geralmente em indivíduos que lidam com pressão emocional constante em seu dia a dia e mantém contato direto com pessoas em situações estressantes por um longo período, e pessoas perfeccionistas que fazem do seu trabalho uma missão de vida, e quando não veem resultados não conseguem mais realizar suas tarefas as quase sempre dedicaram.
O indivíduo pode ficar agressivo ou mais submisso, mais depressivo. Atrapalha a autoestima, bem-estar e vai deteriorando em várias áreas da sua vida.
NÍVEIS DA SÍNDROME DE BURNOUT:
1- Dedicação intensificada - sente a necessidade de fazer tudo sozinho e a qualquer hora do dia (imediatismo);
2- Descaso com as necessidades pessoais - necessidades básicas como comer, dormir, sair com os amigos começam a perder o sentido;
3- Aversão a conflitos - o individuo percebe que algo não vai bem, mas não enfrenta o problema. É quando ocorrem as manifestações físicas;
4- Reinterpretação dos valores - isolamento e fuga dos conflitos. O que antes tinha valor, sofre desvalorização: lazer, casa, amigos, e a única medida da autoestima é o trabalho;
5- Negação de problemas - nessa fase, as outras pessoas são completamente desvalorizadas pelo indivíduo, são vistas como incapazes ou com desempenho abaixo do seu. Os contatos sociais são repelidos, cinismo e agressão são os sinais mais evidentes;
6- Recolhimento e aversão a reuniões - nesta fase o indivíduo recusa à socialização; evitar o diálogo e começa a dar prioridade aos e-mails, mensagens, recados etc.;
7- Despersonalização - aqui já começa a terem momentos de confusão mental. onde o indivíduo não sente seu corpo como habitualmente. Ele se senti flutuando ao ir andar, tem a percepção de que não controla o que diz ou que fala, não se reconhece;
8- Mudanças evidentes de comportamento - sente dificuldade de aceitar certas brincadeiras com bom senso e bom humor;
9- Tristeza intensa - já demonstra marcas de indiferença, desesperança e exaustão. A vida perde o sentido. Sente um vazio interior e sensação de que tudo é complicado, difícil e desgastante;
10- Colapso físico e mental - Esse estágio é considerado de emergência e a ajuda médica e psicológica se tornam uma urgência.
CAUSAS:
1- Procrastinação: adiantar tarefas pode gerar uma impressão de aliviar (a curto prazo), quando é algo chato e doloroso. Mas acaba gerando mais ansiedade, preocupação e mais culpa. E esses sentimentos drenam a energia mental, causando mais cansaço.
2- Perfeccionismo: fazer tudo certo e não aceitar que não fez o melhor possível. Causa um grande esgotamento.
3- Avalanche de opções: imagine dar várias opções para uma pessoa, por exemplo: algo simples, como a escolha do sabor de um sorvete. O excesso de escolhas, ter que tomar decisões o tempo todo, causa a sensação de não saber o que está fazendo e esgota, causa cansaço.
4- Interrupções: ficar trocando foco várias vezes. Parar e focar, em algo diferente alternando, trás estresse demais. Interrupções causam esgotamento.
5- Desorganização: a desorganização de rotina fica caótico e trazendo coisas novas o tempo todo, da impressão de ameaça, e gasta mais energia deixando mais cansado exigindo mais do córtex pré-frontal.
SINTOMAS:
Os sintomas de um indivíduo com a Síndrome de Burnout são: fadiga física e mental, distúrbio do sono, dores musculares, falta de atenção, irritabilidade, falta de entusiasmo pelo trabalho e pela vida, sentimento de impotência e inutilidade, baixa autoestima. Podendo levar o profissional à depressão e até mesmo ao suicídio. O Burnout é muito sério, ele causa danos tanto psicológicos quanto físicos. Tem uma alteração fisiológica, altera o hormônio cortisol (que regula o humor, a motivação e o medo) alterações químicas e mental.
Por se tratar de uma doença psicológica, muitas vezes as pessoas não sabem que estão sofrendo da doença, consideram ter apenas tristeza, desânimo ou estarem passando por uma “fase da vida”. É muito comum em pessoas com profissões mais estressante, que lidam com público, ou em casos de riscos de vida ou morte. Que lidam com conflito diretos e aqueles que têm carga horária excessiva e horários longos.
É muito importante que você saiba: a culpa não é sua. O mundo está cada vez mais acelerado. Novos produtos, novas necessidades, novas informações. E somos cada vez mais cobrados por produtividade. As condições humanas da sociedade estão sempre relacionadas com o poder de consumo do indivíduo, visando à satisfação das necessidades humanas, sendo a sociedade consumista.
As grandes causas de insatisfação no âmbito do trabalho estão relacionadas ao nível de tensões, as longas e duplas jornadas de trabalho, aos baixos salários, as pressões de metas a serem alcançadas, das relações interpessoais, e da perda de idealismo e o comprometimento do trabalho inadequado.
Com o avanço tecnológico, o ambiente de trabalho passou também a ser virtual, aumentando cada vez mais o tempo de trabalho. A mudança frequente de trabalho também é um fator que comprova o alto nível de insatisfação com o trabalho, não vista nas gerações anteriores.
DICAS:
1- Sobrecarga das decisões: tome menos decisões e tenha mais rotinas. Coisas menores como escolher o almoço, café, decidir roupa e algo simples do dia a dia. Vai deixando e reservando energia mental para algo importante. Evite decisões de múltipla escolha.
2- Olhar para verde, pausas: procure fazer pequenas pausas, intervalos de descanso. Olhe para plantas, grama, algo verde que ajude por pelo menos 1 minuto. Estudos comprovam que sua mente entende que está tudo bem, e sem ameaças.
3- Exercícios intensos: faça 10 minutos de algum exercício físico intenso, não pode ser prolongado. Fazer algo intenso e não prolongado, causa um pico de noradrenalina e dopamina. Algo como polichinelo, pular. Isso ajuda a recuperar e iniciar uma tarefa.
4- Evitar a procrastinação: ela aumenta o desgaste mental.
5- Evitar jejum prolongado: mantenha o nível de glicose.
6- Ter um sono de qualidade: o sono faz com o que a energia mental seja recuperada.
NÃO IGNORE OS SINTOMAS, NÃO IGNORE SEU CORPO!
VOCÊ NÃO PRECISA DE PASSAR POR NADA SOZINHO.
SOU PSICÓLOGA E ESTOU AQUI PARA TE AJUDAR!
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